Gurian pergunta, ainda: "Você já notou como é difícil uma menina ou mulher 'desligar o cérebro'?". Também é verdade. Dei-me conta dessa característica quando Shirley e eu éramos recém-casados. Se tínhamos uma discussão por causa de algo que me parecia trivial, eu simplesmente colocava o assunto de lado até o dia seguinte. Sabia que poderia tratar melhor da questão depois de uma boa noite de sono. Shirley, em contrapartida, se deitava em seu lado da cama (sua "beirada", como eu costumava dizer) e, depois de algum tempo, quando não podia mais suportar o silêncio, me acordava para dizer: "Você vai falar comigo!". E eu era obrigado a tratar daquilo que a estava perturbando. A menos que eu estivesse disposto a despertar e tomar jeito, nenhum de nós dormiria direito. Conversávamos sobre nosso desentendimento e, quando a questão estava resolvida, Shirley pegava logo no sono e dormia feito um bebê. Encontros e desencontros de homem e mulher. Pode crer.
É impossível superestimar a importância das conversas na vida das meninas e mulheres. Embora as estimativas variem, ao que parece os homens usam cerca de 7 mil palavras por dia, e as mulheres, 20 mil. Além de falarem mais, as mulheres sentem bem mais prazer em conversar. Relacionar-se por meio do diálogo ativa os centros de prazer no cérebro da menina e lhe proporciona grande retorno emocional. Isso também explica porque uma das fontes mais comuns de decepção no casamento mencionada pelas mulheres é o fato de o marido não conversar com elas. Mostre-me um marido que não verbaliza seus pensamentos, e eu lhe mostrarei uma esposa frustrada.
Em várias ocasiões, quando estava em algum restaurante, observei casais, supostamente marido e mulher, sentados em mesas próximas da minha. Faziam a refeição inteira sem dizer uma palavra um ao outro. Tinham os olhos fixos em algum ponto distante, ou a mulher observava outras pessoas. É sempre um espetáculo triste ver esses casais cuja mente deve estar serpenteando por entre centenas de memórias e inúmeros sentimentos, mas que não conseguem encontrar nada para compartilhar um com o outro. Nessas situações, compadeço-me sempre das mulheres, pois sei quanto precisam conversar. Algumas delas parecem ter desistido de tentar.
James Dobson
Educando Meninas (Editora Mundo Cristão), pp. 54-55.
martedì, febbraio 25, 2014
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