venerdì, giugno 25, 2004

Atendendo a pedidos (rs), eis o texto da bicicleta, que escrevi no meu antigo blog, em agosto/2003:

MINHA BICICLETA

Na época em que os portões das casas podiam ficar encostados, sem cadeado (pelo menos de dia), lá ia eu com minha bicicleta, veloz, encarando o vento no rosto como uma grande aventura. E como era bom pedalar pelas ruas tranqüilas daquele bairro. A rua era minha, era minha estrada, era tudo o que eu precisava pra sentir grandes emoções com a minha bicicleta.
Não. Ela não era cor de rosa. Não, ela não tinha uma cestinha na frente. E eu não tinha ganhado de aniversário. Minha bicicleta era cinza. Não era minha mas era. Nem me lembro se era do meu pai e de onde surgiu. Só sei que se tornou minha. E como eu gostava daquela bicicleta.
Depois de um tempo nós mudamos de casa. Os portões passaram a ser fechados com cadeado o dia todo. As ruas já não eram mais tranqüilas. E a minha bicicleta cinza ficou encostada num canto da garagem. Não demorou muito e ela foi roubada.
Eis o progresso. Eis a modernidade.

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